Delito de opinião


...E passou mais um ano! Será que ainda tenho leitores?
As estatísticas dizem que sim....vamos ver!

Caros leitores, caros amigos!

Há assuntos que não podemos silenciar sob pena de violentarmos a nossa consciência.

Demorei algum tempo a decidir publicar a "estória"  porque na verdade há coisas e pessoas que quanto mais se mexe mais mal elas cheiram. Também por isso não me vou alongar nos comentários deixando a cada um de vós as conclusões.

Este foi o texto que enviei ao departamento da Qualidade de um fornecedor de serviços da SIBS, e não, não é nenhum dos suspeitos do costume:

Exmos Senhores:
Os recursos humanos são, nas empresas de sucesso, a matéria prima, a pedra de toque, a chave do sucesso, e devem por isso ser tratados no mínimo com respeito e humanidade. Depois do que me aconteceu, não podia deixar de dizer qualquer coisa, nem que seja por respeito próprio.

Há cerca de um mês recebi, através do Linkedin, da Sra. --------, a seguinte mensagem: "
boa tarde. Tenho uma oportunidade para si em ATM. Envie o seu CV para ---@----. Obrigada".
Enviei o meu CV conforme solicitado e poucos minutos depois fui contactado telefonicamente por alguém da ****, que não fixei o nome, mas que atende no telemóvel nº 96.......... Fez algumas perguntas, sobre o meu currículo e sobre a minha experiência profissional e ficou de me contactar mais tarde, depois de analisar as candidaturas.
Dias mais tarde voltou a contactar-me, dizendo que tinha uma proposta de trabalho para mim, que a ****, a troco do meu trabalho, que seria reparação de ATM's na zona de Coimbra, me oferecia ****€/mês, carro, PC, telemóvel e seguro de saúde. Apesar de quando reparava ATM's me pagarem mais do dobro deste valor, sei que, tendo em conta os valores do mercado actual, esta proposta era aceitável, ainda para mais, estando eu na situação de reformado, disponível para trabalhar e não à procura de um emprego, aceitei.
Disse-se muito contente por poder oferecer-me esta oportunidade de voltar a trabalhar, que ia mandar-me a proposta por escrito para eu assinar, que se tivesse alguma duvida a contactasse. Perguntei qual iria ser exactamente o meu trabalho, se só havia “O*****” para reparar...Teve alguma dificuldade em responder, e disse que se calhar era melhor por-me a falar com outra pessoa, ao que retorqui: - “ sim , se calhar fica bem uma conversa inicial com o meu futuro superior hierárquico”. Ok, já lhe ligo, respondeu.
Era uma sexta feira à tarde e não votou a ligar. Na segunda seguinte ligou-me o Sr. -----------, que começou por dizer-me, que tinha à frente o meu currículo, mas que devia estar incompleto, pois os RH não lhe deviam ter mandado as folhas todas, mas que não era exactamente de mim que andava à procura. Que queria alguém que conhecesse bem as “O******”. Ora eu, desde o primeiro contacto sempre deixei bem claro que a minha experiência de 20 anos era com Atm's Papelaco/Delarue/Talaris e que da D****** apenas conhecia os modelos mais antigos que tinham passado pelo Centro de reparações da Talaris, para 'refurbishing'. Frisei ainda, durante a curta entrevista telefónica, que dada a minha experiência profissional, D****** ou N*** era apenas mais um novo modelo, que com um mínimo de formação/informação estaria apto a reparar. Perguntei ainda qual era afinal a minha posição no meio disto tudo, foi-me respondido que era assunto dos RH.

RH que até hoje não voltaram a contactar-me, apesar de dois dias depois eu ter tentado falar com a Sra do 96…. Disse-me que não podia falar porque estava a conduzir, que quando chegasse à empresa me devolvia a chamada. Espero sinceramente não tenha tido nenhum acidente.

Porque acho estranha esta forma de actuar, 
sobretudo numa companhia da dimensão da ****, e porque não é de todo o meu feitio "comer e calar", fica o meu pedido de uma explicação que acho mereço até porque para alem do mais, o primeiro contacto foi vosso.
Inteiramente disponível para esclarecer algo que tenha ficado menos claro,
Respeitosos cumprimentos,
Atenciosamente,

Da responsável do dito departamento veio a resposta:


Exmo Senhor Américo Coutinho,

No seguimento do registo do processo em referência, foram verificadas as circunstancias subjacentes à insatisfação reportada, junto dos intervenientes e responsáveis das áreas em questão. Esta situação preocupou-nos sobejamente e, independentemente dos motivos que poderão explicar/justificar o sucedido, gostaríamos desde já de apresentar as nossas sinceras desculpas.

De acordo com a informação apurada internamente, V/Exa. foi contactado telefonicamente para apresentar condições de admissão, tendo-se mostrado recetivo às mesmas. Após a sua solicitação de informação mais detalhada sobre as funções em concreto, o processo foi encaminhado para a área técnica respetiva, mas foi entretanto anulado, por demandas externas, sem se ter garantido a comunicação interna dessa anulação, bem como a comunicação a V/Exa..

Sem pretender culpabilizar nem declinar a responsabilidade que nos possa caber, gostaríamos apenas de salientar que se tratou de um processo com um caráter de exceção, de difícil gestão, dado os timings de resposta perante as exigências técnicas e geográficas imposta pelo nosso Cliente. Internamente, tal como referido, a situação foi encaminhada e analisada superiormente, com vista a definir e implementar as ações corretivas que se considerarem adequadas, por forma a minimizar a possibilidade de ocorrência de situações similares.

Agradecendo desde já a atenção dispensada, e esperando a melhor compreensão por parte de V/Exa. relativamente ao exposto, apresentamos a nossa total disponibilidade no esclarecimento de qualquer questão adicional que Julgue necessário colocar.

Subscrevemos os nossos melhores cumprimentos,

Atentamente,


Agradeci a resposta aceitando as desculpas, mas quem me conhece sabe que não ia engolir isto sem consequências. E não é preciso pensar muito nem ser muito perspicaz para chegar à conclusão que as referidas "demandas externas" só podiam ter partido de uma certa "tia", a mesma que reclamava do preço de uma fechadura que não era a sibs a pagar.

Por isso seguiu o seguinte mail:

Cara Dra:

Considero não estar a cometer nenhuma injustiça ao pensar que nas "demandas externas" referidas pela Dra **** **** há dedo da Dra. ***** *****.

Mesmo que esteja redondamente enganado, também a injustiça não será muita, pois deveria ser sua obrigação, como responsável, garantir que estas coisas feias jamais partissem do Edifício da Bolsa, e já não foi a primeira vez, pois "demandas" semelhantes foram feitas junto do eng. Manuel Costa da "DIUS", quando, na sequência dos resultados do ultimo concurso sugeriu a minha contratação.

Coisas feias, ainda por cima extremamente injustas, pois, apesar de tudo, continuo com a camisola do "Melhor Multibanco do Mundo" vestida, ao ponto da minha "aula" na Formação de Formadores ter sido a explicação das razões do sucesso do Multibanco, que, ao contrario das expectativas da formadora, entusiasmou a classe.

A mesma camisola que eu e a minha equipa vestimos, por exemplo, quando foi preciso "fazer nascer" a "Rede Multicom", mesmo quando isso obrigou a longos serões, como os que aconteceram com os srs. eng. Luis Menas, Francisco Brazão ou Paulo Ferreira. 
Nessa altura éramos respeitados, mas não existe nenhuma razão objectiva para passarmos a merecer menos respeito, a não ser a fraca memória de quem subiu na vida profissional, por competência e trabalho árduo, certamente, mas também com a ajuda do nosso esforço e dedicação.

Por ultimo quero dizer-lhe que estou disponível para lhe explicar olhos nos olhos, como fazem as pessoas honestas, onde e quando quiser, porque considero, e é apenas a minha opinião, vale o que vale, que a maior responsabilidade da onda de assaltos às ATMS, cabe às politicas da Direcção da SIBS, e quando sobre isso escrevi, tratou-se, em vez de um ataque, de uma critica construtiva que vos deveria ter levado a reflectir, em vez de retaliar.

Espero por ultimo não fique excessivamente zangada com esta mensagem mas se conhecesse o Américo Coutinho deveria saber que ele nunca dá facadas nas costas, encara os problemas de frente, por vezes com cara de mau, mas com um enorme coração.

Desejo-lhe as maiores felicidades profissionais e pessoais,

Respeitosos cumprimentos,


A resposta chegou no dia seguinte, na forma de um telefonema arrogante e insultuoso, referindo nomeadamente que eu era um tipo de comportamento suspeito!!!

Deve ser o mesmo comportamento que lhe fez abrir a boca para referir aos meus superiores hierárquicos a minha competência profissional a reparar ATM's.    ....e não eram suspeitas, nem sequer virtuais!!!!  Eram bem reais; tinham apenas uma avaria que precisava ser reparada.

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