De tombo em tombo....

Quem passou os 3 anos do último contrato em quinto lugar não podia esperar muito melhor que perder metade do parque. E ainda acho que foram simpáticos, pois sinceramente esperava pior. Cada um deve ter o que merece e quando se escolhe quem não tem capacidade sequer para criticar porque isso é cómodo o fim é sempre este. Cada um se deve deitar na cama que preparou.


Acho no entanto que os deuses só podem estar loucos, pois contrariando as mais elementares normas de segurança e qualidade distribuiu-se o parque como se quisesse deixar todos os amigos satisfeitos. Também esses devem esperar pelo tombo; mas com uma diferença: - quando não se têm concorrentes até se pode deixar o Algarve, uma Páscoa, sem uma única máquina em serviço que nada vai acontecer, ninguém vai ser "chamado à pedra".

Gostava que me ajudassem a adjectivar a espécie de gente que recebe um ordenado da ordem dos 10 mil euros mês, que se passeia de Volvo como se fosse gente importante, que  desde que chegou à empresa tem conseguido um tombo maior que o outro até que ao dia em que a porta seja fechada, (nesse dia ainda vai levar o Volvo) e tem a lata de propor a quem ganha 1200 e todos os dias chega primeiro à empresa, uma redução SIGNIFICATIVA de ordenado ou a quem ganha 800 que vá trabalhar para 40 km de distância a expensas próprias!  Por mais inspirado que esteja não tenho capacidade para adjectivar tal gente sobretudo quando prometeu solenemente "...enquanto eu cá estiver, esforça-te, que nada te acontecerá!!!"

Portugal está a voltar aos anos 60, com a diferença que nessa altura havia trabalho para todos os que queriam trabalhar. Os anos 70 foram difíceis para quem tinha assentado a sua estratégia na exploração dos trabalhadores, e tiveram que mudar de rumo. O tempo vai mais uma vez obrigá-los a mudar, com a diferença que os trabalhadores, agora tecnicamente mais preparados, mas também mais conscientes, saberão, quando chegar a sua hora, dar-lhes o que merecem.

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