Nostalgia


Há 4 anos atrás ao despedir-me da minha vida activa escrevia:

Tudo tem um fim! Vinte e um anos....uma vida.....a Talaris NÃO tem mais encanto na hora da despedida!!!!

Três desejos para quem fica:

 - Aos amigos (poucos):          

                        - Há amizade para além da Talaris!

 - Aos incompetentes (a quem o meu "mau feitio" sempre tanto incomodou):

                        - Que se cumpra o provérbio: - "Depois de mim virá quem bom me fará!"

 - Aos outros (a maioria):

                        - Que Deus vos dê bons amigos e vos livre rapidamente dos incompetentes!

Vou andar por aí!

4 anos é muito tempo e em 4 anos perde-se e ganha-se, confirma-se ou não muitas coisas.

Hoje posso dizer, até porque me aproximo vertiginosamente daquela etiqueta terrível de "sexagenário", que perdi a esperança de voltar a ter uma vida activa de 10 horas diárias de stress e adrenalina como a que me fazia sentir vivo.

Ganhei mais conhecimentos, (aprendemos até morrer) mas sobretudo ganhei a paciência para passar os dias tentando matar o tempo e procurando formas de manter a lucidez e a saúde física e mental. É a alternativa que me resta num país, onde se pagam 500 euros a um engenheiro, e onde apesar da conversa fiada dos políticos, tudo continua tristemente parado.

Sobre os desejos de então, os amigos continuam em contacto, bebemos uns copos ou simplesmente trocamos um telefonema ou uma mensagem no "Face" se a distância não permite outra coisa.

Os incompetentes, excluindo os "cozinheiros" de estatísticas de um desempenho de faz de conta, foram finalmente dispensados, levando lamentavelmente atrás, outros(as) que de todo não mereciam; mas quem disse que a vida é justa?

Os outros (a maioria cada vez mais pequena) lá continuam sofrendo a duras penas, quando se aproxima um novo concurso que poderá trazer as consequências já conhecidas, até porque quando se manda alguém de Lisboa à ilha do Corvo reparar uma máquina, demonstra-se à evidencia que se mantém igual a capacidade de gestão e negociação.  A dor de estômago, natural em quem conhece estes dislates e vê aproximar o dia da avaliação pelo cliente, foi coisa de que também me livrei, e de que aliás não sinto saudades.

Foi muito giro saber que este meu cantinho, com quase 15 mil visualizações incomodou muita gente, e não só aqueles que tinham duvidas onde seriam colocados no mail de despedida (acho que já não as têm), mas também (e esta tive conhecimento recente e deixa-me vaidoso) daqueles que desistiram de apostar na qualidade do melhor multibanco do mundo, mascarada agora em estatísticas  cozinhadas para manter o "status quo". Quando incomodamos significa que temos razão; e percebo que a minha mensagem intitulada "segurança" tenha deixado alguns a engolir em seco, mas sabem muito bem que dei o melhor de mim, apesar do contributo ser insignificante, para ajudar a construir o melhor sistema Multibanco do mundo, e dói quando passo por uma velhinha Papelaco, de cara suja, parada, com erros ou sem dinheiro. Mais ainda quando a reconheço na TV no meio dos destroços de mais um assalto.

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