História

Decorria o ano da graça de 1989 e o Multibanco em Portugal era um serviço ao nivel de toda a Europa com as velhinhas Olivetti a sentirem alguma dificuldade em acompanhar a tradicional abertura dos portugueses para o novo e para o automático. Eram grandes os períodos de downtime e a veterania de grande parte do parque instalado, aliada a uma assistência técnica medíocre, já não respondia às ideias inovadoras do staff da SIBS.

Surge então um visionário de nome Duarte Viana, dono do grupo Papelaco, que era o importador e representante exclusivo da japonesa Panasonic, que detinha 2/3 do mercado de fax's, e que lançou à SIBS um desafio tentador: - Lançar no mercado português uma ATM dos franceses E. S. Dassault e formar uma equipa de assistência que garantisse um uptime superior a 98% (pago principescamente, mas também penalizado exponencialmente caso fosse menor!).
Para construir essa equipa convidou João Simões um engenheiro de Coimbra que andava perdido pelo ensino secundário a ensinar Matemática. Foi a amizade que me ligava ao João que em Junho de 1990 me fez juntar à equipa com o objetivo de abrir o novo centro de assistência de Coimbra (CAC).

Os resultados foram excelentes, fruto de uma política correta de distribuição dos lucros pelos colaboradores o que mantinha um elevado nível de motivação; mas dois anos e meio e 500 Dassault's depois surge um dilema: - As ESD encareceram e deixaram de ser competitivas e era preciso encontrar uma alternativa para um mercado em franca expansão. Foi a capacidade de arriscar do sr. Viana que mais uma vez resolveu o problema: - Lançou um desafio a uma equipa de engenheiros do ISEL e daí  à DV013 a primeira ATM portuguesa construida  na nova fábrica em Torres Vedras foi um passo.
De passo em passo chegamos a 2002, com a DV1413 e 80% do mercado de ATM's em Portugal.

No jantar de Natal de 2001 fiquei preocupado com uma conversa do Sr Viana: - Dizia ele que todos os seus amigos empresários quando tinham ultrapassado os mil empregados se tinham espatifado - isto numa altura em que o Grupo contava cerca de 1100 funcionários. Isto dito por um homem que tinha uma obsessão tal pelo número 13 que não abdicava de marcar todas as suas escrituras publicas para dias 13 era preocupante.

1 comentários:

Anibal 20 de fevereiro de 2022 às 18:16  

Falta toda a história anterior
Contas outros rosários
Onde se pode falar do Abel Aguiar, da Idalina, do Mário Castelhano, do Miguel Sousa, do João Fatela, e de tantas outras histórias como o Ifadap, a espingardaria, as noivas e muitas outras milhentas histórias , os Mercedes, o Triumph do Bond, o Alberto e o inevitável Conde.

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