No segundo semestre de 2001 adensaram-se os rumores de que algo corria mal. A Telemática foi a 1ª a cair e em Junho de 2002 depois de uma auditoria dirigida por um tal de Fontainhas (o mesmo dos gansos) os Automatismos e a PDSL foram vendidos aos "gajos" dos dispensadores.
A D. Idalina assumiu a Direção Geral da DLR Portugal, acumulando com a direção do Grupo Papelaco e começou a caça ás bruxas, com despedimentos em pleno corredor, etc, etc.
Também a integração dos antigos DLR (os "gajos" das contadoras) não foi fácil a ponto de hoje restarem o J. Reis e o Hugo Santos.
A "dança" de Diretores Gerais (um novo cada 6 meses) e a consequente indefinição estratégica da companhia acabou por conduzir à saída do Eng. Paulo Sousa (direção do service) seguiu-se um processo tão estranho quanto idiota que foi o de juntar os atuais diretores da Dius numa sala (com PC, telemóvel e acesso à rede) onde puderam delinear uma estratégia comum que culminou na criação da Dius e com a queda vertiginosa da faturação do service (dos 80% do parque SIBS de 2002 chegou aos cerca de 30% no ultimo concurso).
O estranho, ou talvez não, disto tudo é que este foi o segundo processo idêntico na DLR Portugal, pois já antes de comprarem a Papelaco um diretor da DLR tinha saído, formado uma nova empresa e ficado com a maioria dos clientes da DLR, o que na altura os atirou para um apartamento com o armazém na casa de banho. Inglês não aprende mesmo, por alguma razão ainda hoje não aderiram ao sistema métrico.
Em todo este processo de substituição de "chefes" a nova DLR andou à deriva, e até porque isso convinha ao grupo da "salinha", o nível de serviço caiu para níveis impensáveis com SLA's e Uptimes ao nível da Diebold cuja assistência continuou medíocre.
Foi neste estado que António Borges um "paraquedista" vindo da Alcatel a peso de ouro encontrou o service, seguindo-se o concurso de 2005 em que a DLR perdeu cerca de metade da assistência na SIBS e quando um inglês chegou à SIBS e ameaçou fechar a DLR em Portugal e deixar a SIBS com o "menino" nos braços. Mais uma vez inglês ainda não aprendeu que quando se "saca" da pistola ou é para usar ou arrisca-se a levar um tiro com ela. Foi o que de facto aconteceu, a DLR não ganhou nada com a ameaça, mas a SIBS nunca se vai esquecer dela!
Com ideias de quem estava completamente por fora da realidade (aquela de fazer o planeamento nacional com duas pessoas era para rir), o certo é que rapidamente conseguiu recuperar o nível de serviço apesar de não ter tido coragem para mexer na estrutura como afinal achava que devia. Prova disso foi o ter trazido para a companhia o chamado "grupo Alcatel" com Pedro Vieira e Jorge Augusto, pessoas que destoavam do "grupo Papelaco" pela sua competência técnica e capacidade de trabalho e que naturalmente nunca foram aceites por aqueles (puro instinto de sobrevivência!). Mas António Borges, apesar das sua valia técnica e capacidade para definir e colocar no terreno a estratégia correta, não tinha qualidades de chefia, antes pelo contrário.
Chefe deve trazer pessoas da sua confiança para o ajudarem, mas depois não pode lança-los aos "abutres" porque em terreno hostil serão presas fáceis!
Chefe que passa 3 anos a dizer que não confia nos seus dois colaboradores mais diretos e não os substitui, arrisca-se a ser ele o substituído, o que aliado à natural falta de tato nas relações interpessoais quer com colaboradores quer com clientes (chefe deve ser poupado, mas fica-lhe muito mal ser "mão de vaca", por exemplo) foi o que acabou por acontecer a António Borges pouco tempo antes do concurso de 2008, depois de 3 anos em que a DLR foi o segundo melhor fornecedor de Assistência da SIBS, o que, apesar de alguns erros estratégicos, (assistir as ATM's da Diebold foi um deles) foi uma recuperação notável.